A terapia genética corrige os nervos ópticos em um avanço promissor para o tratamento do glaucoma

Pesquisadores da Austrália estão reivindicando um avanço importante na pesquisa do glaucoma, demonstrando como a condição degenerativa pode ser tratada usando uma forma inovadora de terapia genética. 

A técnica demonstrou ser eficaz na reparação e proteção de nervos ópticos danificados com eficácia sem precedentes, aumentando as esperanças de lidar com a forma irreversível de perda de visão que afeta milhões em todo o mundo.

Como a principal causa de cegueira irreversível nos Estados Unidos, o glaucoma se instala à medida que o nervo que liga o cérebro ao olho sofre danos contínuos, geralmente devido à alta pressão no olho, causando uma falha na transmissão da informação visual. 

Esse tipo de lesão nas células do nervo óptico não pode ser reparado, embora mais danos possam ser evitados por meio de vários tratamentos.

No centro dessa nova descoberta está uma proteína chamada protrudina, e o gene responsável por sua produção. A protrudina é normalmente encontrada em níveis baixos em neurônios não regenerativos, e a equipe de pesquisa do Centre for Eye Research Australia (CERA) e da Universidade de Melbourne começou a ver se poderia dar-lhes um impulso.

Experimento

Os experimentos foram realizados em culturas em laboratório, onde as células cerebrais foram cultivadas e, em seguida, feridas com um laser. Um gene foi então adicionado à mistura que aumentou com sucesso os níveis de protrudina nas células, o que por sua vez melhorou sua capacidade de reparar e regenerar.

Em testes com células do olho e do nervo óptico, os pesquisadores descobriram que essa técnica levou a uma regeneração significativa semanas após a lesão. 

A terapia genética corrige os nervos ópticos em um avanço promissor para o tratamento do glaucoma
Foto: (reprodução/ internet)
 

Em um experimento em que células nervosas da retina de um camundongo foram cultivadas em cultura de células de uma maneira que normalmente resultaria em morte celular generalizada, a técnica serviu para oferecer proteção quase completa.

O que vimos é a regeneração mais forte de qualquer técnica que já usamos antes”, diz o professor Keith Martin do Centre for Eye Research Australia. 

No passado, parecia impossível que seríamos capazes de regenerar o nervo óptico, mas esta pesquisa mostra o potencial da terapia genética para fazer isso.”

A partir daqui, a equipe planeja realizar mais estudos explorando como a técnica pode ser usada para proteger e regenerar células retinais humanas e até mesmo potencialmente restaurar a visão.

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Traduzido e editado por equipe Isto é Interessante 

Fonte: New Atlas