Caramba! O tabaco pode abastecer aviões no futuro

Encontrar uma alternativa viável para o combustível de aviação tornou-se uma espécie de Santo Graal para as companhias aéreas do mundo nos últimos anos.

Querem encontrar um caminho a seguir que não dependa inteiramente de combustíveis fósseis. Por quê? Porque as compras de combustível são responsáveis ​​por um terço dos custos operacionais das companhias aéreas – estonteantes $ 209 bilhões em 2012.

Então, o que mais as transportadoras podem colocar em seus tanques?

A gigante aeroespacial Boeing e a South African Airways estão colaborando com uma empresa chamada SkyNRG para fazer biocombustível de aviação sustentável a partir de um novo tipo de planta de tabaco sem nicotina cultivada na África do Sul. Este novo híbrido, chamado Solaris, produz sementes especialmente oleosas que podem ser processadas em biocombustível.

Os parceiros já estão recrutando fazendas, grandes e pequenas, para aderir ao programa, apresentando a ideia como um cenário onde todos ganham.

Oil from the seeds of the Solaris tobacco plant can be converted into jet fuel.
Foto: (reprodução/ internet)

Os produtores de tabaco podem fazer o que fazem sem prejudicar a saúde de seus concidadãos ou desencadear um debate entre alimentos e combustíveis; as companhias aéreas podem encontrar um caminho para cortar custos; e as emissões de carbono resultantes cairão até 80% em todo o processo de produção e consumo.

Não é apenas a África do Sul, e não é apenas o tabaco. A Boeing está trabalhando nos Estados Unidos, Europa, China, Oriente Médio, Brasil, Japão, Austrália e em outros lugares em uma ampla variedade de experimentos de biocombustíveis.

Afinal, uma companhia aérea não vai querer comprar os jatos da Boeing se não puder pagar por eles. Nos últimos três anos, dezenas de companhias aéreas, lideradas pela Virgin, lançaram mais de 1.500 voos usando alguma medida de biocombustível.

The hybrid Solaris tobacco plant was developed as an energy-producing crop that South African farmers can grow instead of traditional tobacco.
Foto: (reprodução/ internet)

Mas não espere ver os 747s da South African Airways soprando nada além de anéis de fumaça no céu tão cedo. A produção será lenta para aumentar e escalar, e por anos no futuro, o biocombustível – que atualmente é muito mais caro de produzir do que o combustível para aviação tradicional – será apenas uma pequena parte da mistura de combustível da indústria de aviação.

Mas, passo a passo, espera a Boeing, a proporção aumentará. Algum dia, um avião pode decolar sem nada em seus tanques, exceto suco de tabaco ecologicamente correto e sustentável, e sua caminhada pelo estacionamento do aeroporto pode cheirar mais a um cinzeiro do que a uma refinaria.

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Traduzido e editado por equipe Isto é Interessante 

Fonte: Smithsonian Magazine