Este notável camaleão desapareceu há 107 anos. Ele apenas retornou.

Em 1913, o camaleão de Voeltzkow (Furcifer voeltzkowi) desapareceu da selva, para nunca mais ser visto em sua Madagascar nativa. Mas agora, mais de um século depois que os cientistas pensaram que haviam perdido a criatura indescritível para o tempo, eles surpreendentemente a redescobriram mais uma vez.

O ressurgimento do réptil é o resultado de um impulso da Global Wildlife Conservation, cujo programa Search for Lost Species busca encontrar espécies que os cientistas não avistaram por pelo menos uma década, de acordo com a Live Science.

Os pesquisadores começaram a vasculhar Madagascar em busca do camaleão em março de 2018, mas eles ficaram vazios até a expedição quase terminar. Com apenas alguns dias de viagem, um guia profissional avistou um dos camaleões – e então as comportas se abriram.

Os pesquisadores finalmente redescobriram três homens e 15 mulheres em árvores e nos jardins de um hotel na cidade de Katsepy, todos dormindo à noite. 

Os machos mostraram marcas de mordidas e ferimentos menores que indicavam “brigas interespecíficas e sinais subjetivos de envelhecimento, sugerindo que eles estavam se aproximando do fim de suas vidas“, escreveram os cientistas no Salamandra, o Jornal Alemão de Herpetologia.

Os pesquisadores não esperavam encontrar camaleões fêmeas de Voeltzkow; antes que eles os avistassem, ninguém jamais tinha visto um na carne. 

As fêmeas diferem dos machos porque “exibem um padrão de pontos vermelhos e uma faixa roxa contra um fundo preto e branco” quando estressadas, enquanto os machos ficam em tons variados de verde, diz a Live Science.

Como os camaleões de Voeltzkow são endêmicos em uma área muito pequena em Madagascar, os pesquisadores sugerem que as criaturas podem ser classificadas como ameaçadas de extinção, já que suas populações estão fragmentadas e seu habitat natural está em declínio contínuo.

Então, como uma espécie inteira conseguiu voar sob o radar por tanto tempo? Os cientistas suspeitam que os camaleões podem viver apenas vários meses após a eclosão. 

A suposta vida curta também pode explicar parcialmente por que essa esplêndida espécie se ‘perdeu’ por muitas décadas, já que a maioria das estradas em seu habitat não são acessíveis na estação chuvosa”, dizem os pesquisadores.

Como ainda há muito que não sabemos sobre os camaleões de Voeltzkow, os pesquisadores que redescobriram os répteis esperam continuar estudando-os para “esclarecer o estado de conservação” das espécies.

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Traduzido e editado por equipe Isto é Interessante 

Fonte: Popular Mechanics