A Born Free USA publicou um novo relatório sobre a indústria de cultivo de peles nos Estados Unidos.
A nova pesquisa intitulada Sofrimento silencioso em nosso próprio quintal: criação de peles nos Estados Unidos destaca falhas graves nas regulamentações de bem-estar animal, supervisão e negligência com a saúde pública devido ao recente surto de COVID-19 em várias fazendas de peles em Utah , Wisconsin e Michigan.
De acordo com o relatório, apesar de muitos países ao redor do mundo banirem a prática cruel de criar animais com o único propósito de esfolar eles para usar suas peles como roupa, os EUA ficaram para trás e não tomaram medidas progressivas para proteger os animais deste destino miserável em mais de uma década.
Descobriu-se que alguns estados não tinham regulamentação alguma para fornecer proteção mínima para animais em fazendas de peles, enquanto outros não podiam nem mesmo dizer aos pesquisadores da Born Free quais departamentos de estado eram responsáveis pela supervisão e governança das fazendas de peles.
“Além do sofrimento animal significativo envolvido na criação de peles, o fato de que agora estamos vendo evidências concretas de fazendas de peles como uma fonte de COVID-19 durante a pandemia global em curso torna o apelo para acabar com esta indústria cruel nos Estados Unidos o mais urgente ”, disse Angela Grimes, CEO da Born Free USA, em um comunicado.
“Não há absolutamente nenhuma desculpa para ter peles em nossos armários em 2020, e o risco para o bem-estar animal e a saúde pública não pode ser justificado para um propósito tão frívolo como uma moda passageira.”
Usar pele de animal como roupa tem saído de moda há décadas. À medida que o público ficava sabendo das condições cruéis enfrentadas pelos animais em fazendas de peles, eles deram as costas à prática em massa.
Resultados de pesquisas
Uma pesquisa divulgada em setembro de 2020 confirmou que apenas um em cada quatro cidadãos norte-americanos é a favor de matar animais por sua pele.
Preocupações com a crueldade e a diminuição da demanda resultaram em muitas casas de moda importantes, incluindo: Armani, Gucci, Michael Kors, Prada Group e Versace implementando políticas sem pele.
Eles se juntam a designers como: Diane von Furstenberg, Stella McCartney e Vivienne Westwood, que são pioneiros em tendências de alta moda sem peles. Lojas como: H&M, Macy’s Inc. e Zara também se comprometeram a ficar sem peles, enquanto fabricantes como a Ecopel preencheram a lacuna no mercado deixada pela decadente indústria de peles criando substitutos de pele sustentáveis e de alta qualidade.
Apesar da desaceleração da indústria, fazendas de peles ainda existem e milhões de animais ainda são criados e mortos em todo o mundo; seus corpos sem vida descartados e suas peles usadas para fazer casacos, chapéus ou até bugigangas desnecessários.
Mais de 85% das peles usadas na moda são derivadas de animais em fazendas industriais de peles. Wisconsin é o principal estado produtor de visons, gerando mais de um milhão de peles anualmente, seguido por: Utah, Idaho, Oregon e Minnesota.
Em 2018, havia cerca de 245 fazendas de visons em 22 estados produzindo 3,1 milhões de peles de animais avaliadas em $ 82,6 milhões de dólares. Esses números incluem apenas fazendas de visons; nenhum registro disponível publicamente é mantido para outras espécies.
Como tal, esses números não incluem fazendas que criam animais como raposa, lince, coelho e chinchila. Portanto, o número total de vidas ceifadas excede em muito esses números.
“A crueldade; a brutalidade; o desperdício sem sentido de vida para servir à vaidade humana. Isso tem que acabar. Será que vamos, finalmente, começar a viver de acordo com nosso potencial e nos tornar seres humanos? ” O presidente da Born Free William Travers OBE disse à WAN.
A Born Free está pedindo o fim do cultivo de peles nos Estados Unidos por meio da implementação de proibições estaduais dessa prática. No curto prazo, a transparência quanto à localização das fazendas existentes e ao número de animais mantidos por elas está sendo exigida no interesse do bem-estar animal e da saúde pública.
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Traduzido e editado por equipe Isto é Interessante
Fonte: WAN
